O artigo “Seis maneiras de assumir o controle do seu plano de carreira quando sua empresa não se preocupa com isso”, do professor Carter Cast, publicado no Harvard Business Review, traz seis lições importantíssimas para quem deseja administrar sua própria trajetória profissional.
Das seis indicações de atividades feitas pelo autor, duas delas dependem exclusivamente do profissional, o que as torna objeto de prática obrigatório para qualquer indivíduo que deseja se destacar.
Essas atividades são: (i) aumentar sua visibilidade na diretoria; e (ii) tornar-se um especialista em uma área de crescente importância para sua empresa.
Mas como aplicar essas duas ações na prática? E quais são as outras atividades que o autor do artigo apresenta?
É sobre isso que falaremos neste artigo. Portanto, fique até o final para não perder nada.
Por que aumentar a sua visibilidade? Porque quem não é visto não é lembrado
Aprender coisas diferentes daquelas que são objeto do trabalho cotidiano e fazê-las com qualidade é uma ótima alternativa para dar passos mais largos no plano de carreira.
Para se tornar bom nessas atividades periféricas, mesmo que em voluntariados, é preciso estudo e investimento na formação. Conhecimento é a palavra-chave quando o assunto é “carreira”.
Mas cuidado para não saber de tudo e ao mesmo tempo não saber de nada.
Há uma máxima que diz que “quem não é visto, não é lembrado”.
E para ser visto nos dias de hoje, onde todo mundo sabe tudo e tem acesso a tudo, é necessário investimento em formação para tornar-se especialista em algo, principalmente naquele campo ou matéria na qual poucas pessoas se interessam.
Outro ponto também trazido no texto como uma maneira de assumir as rédeas do seu plano de carreiras é a codificação do aprendizado.
É interessante, ou melhor, recomendado, manter, nas palavras do autor, um diário para registrar feedbacks e aprendizados, assim como documentar num papel quais são as habilidades ou conhecimentos exigidos para a subida dos próximos degraus.
Tal prática ajuda o profissional a controlar e revisar quais são os pontos de melhoria ou que precisam ser mantidos no seu processo de desenvolvimento profissional.
Formas de gerir plano de carreira que estão mais ligadas à inteligência emocional
Ainda sobre o artigo, é importante comentar sobre duas outras maneiras apontadas pelo autor que estão mais relacionadas a uma melhor inteligência emocional do indivíduo. A saber:
- Entender como você é avaliado
- Resolver seus próprios pontos cegos
A primeira trata-se de um processo muito delicado porque quando estamos analisando ou formulando coisas voltadas para nós mesmos somos tendenciosos a pensar no que é mais fácil e o que é óbvio.
Por isso, é necessário haver uma inteligência emocional para não projetarmos coisas com vieses, seja a forma como “imaginamos ser julgados” ou quais são as metas reais que devemos nos colocar.
Já a segunda maneira, está relacionada ao fato de que ouvir feedbacks nem sempre é fácil, principalmente quando não estão em conformidade com o que acreditamos.
Além disso, o auto feedback também pode ser distante da realidade se não temos a frieza de analisar os contextos de forma isenta.
Saber avaliar nossos pontos cegos e resolvê-los, exige muito de nossa energia, porém, pode nos colocar em patamares mais altos.
Mentoria no processo de tomada de controle do seu plano de carreira
Nesse processo de tomada de controle do seu próprio plano de carreira, o profissional pode se valer de outros recursos que não estão necessariamente ligados a fatores internos.
Um exemplo desses recursos é a mentoria, que nada mais é, em palavras simples, do que buscar aconselhamento de outros profissionais com mais experiência e que não necessariamente trabalham para o mesmo empregador que você.
O mentorado pode se valer da maturidade de profissionais mais experientes para conquistar mais autoconhecimento, aprendizado e consequente desenvolvimento na carreira através do estímulo à sua habilidade de inovação e criatividade, que são características essenciais para quem deseja se destacar.
Aproveite, também, para observar outros profissionais e absorva aquilo que os tem ajudado a conquistar espaços importantes. Mas tenha cuidado com o exercício de “comparar-se”, pois, caso não feito de forma correta, pode trazer prejuízos. Leia o artigo: “Comparações no trabalho podem fazer – e muito – bem“.
Crescimento seu, responsabilidade sua
O pulo do gato aqui é o seguinte: não transfira a responsabilidade do seu crescimento para terceiros. Não deixe que apenas outros digam para onde você deve ir.
Não é o empregador, embora este também deva oferecer recursos e suporte, o responsável por planejar e executar a sua trajetória. O protagonismo desse processo é seu!
Existem maneiras de lidar com a ausência do empregador nessa atividade. Ou melhor, as formas de conquistar, por si só, o controle da sua jornada estão aí. Basta usá-las!
Vai lá e brilha!
Mais informações
Este artigo foi escrito a partir da análise da publicação “Seis maneiras de assumir o controle do seu plano de carreira quando sua empresa não se preocupa com isso“, do site Harvard Business Review, e foi originalmente publicado no meu perfil perfil do LinkedIn: Dicas de como assumir o controle do seu plano carreira.
Paulo Pereira é contador por formação, consultor trabalhista e previdenciário, e especialista em folha de pagamento. Possui 10 anos de experiência nos ramos de auditoria, consultoria e outsourcing, adquirida nas principais empresas do segmento no cenário brasileiro e internacional.
Atua em diversos projetos na posição de especialista nas matérias inerentes às relações laborais, transitando pelas áreas de gerenciamento de risco, processos, auditoria interna, compliance, terceirização de serviços, suporte à emissão de pareceres contábeis e Due Diligence.
Atualmente ocupa a posição de Gerente Outsourcing de Folha de Pagamento em uma empresa Big Four e desenvolve o projeto Gentee.com.br, criado para se tornar referência em conteúdo de qualidade sobre pessoas e trabalho.
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Olá,
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Percebo que carreira é um tema nebuloso em nossa sociedade. A evolução social para os fatores de evolução profissional x organização do trabalho tem como influências externas a condição socioeconômica e formação básica alcançada.
A carreira como trajetória profissional, na verdade de vida, tem como premissa o propósito, o objetivo, e esse fator é relativo, singular e mutável no tempo, sendo o percussor mais importante e necessário de clareza para autoconhecimento e transformação, não é algo isolado, os fatores biopsicossociais influenciam a decisão ou escolha do indivíduo.
Deste modo, entendo que o indivíduo ter aderência ou buscar clareza para um propósito profissional é importante, mas sem prioridade imediata, porém, pode-se dizer, que o vilão é não fazer nada ou fazer sem propósito, o tempo não para!
No conceito de sociedade líquida de Bauman, entendo que engrandece o indivíduo ter como propósito atender necessidade humana e o bem coletivo, definindo-se o como posteriormente, e, no fim, é o objetivo máximo, afinal, naturalmente, somos seres de convivência coletiva pela sobrevivência.
Sem mediocridade, é necessário pensar nas profissões do futuro e que melhor remunerarão e permitam ampliar o bem estar, precisamos nos permitir viver bem e contribuir para o crescimento do outro.
A questão de visibilidade ou ser lembrado acredito que tem muito do estereótipo social ou modelo mental mantido ou de herança de como se pensava a relação das pessoas no âmbito empresarial. Existe desproporcionalidade de influência nos papeis, inferência de indivíduos no poder e a crendice de valor e importância apenas aqueles que estão próximo ou se esforçam para estar próximo.
Obrigado pela contribuição 🙂
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