Vez ou outra, eu me forço a fazer coisas diferentes. Isso passou a acontecer com muito mais frequência quando mudei para Belo Horizonte, uma cidade que me ofereceu uma variedade de oportunidades para explorar novos hobbies e atividades.
Antes, quando vivia em São Paulo, eu era um “netflixeiro” de carteirinha. Meus dias eram preenchidos com maratonas de séries e filmes, um hábito que, embora divertido, não me proporcionava muita variedade. No entanto, ao me mudar para Belo Horizonte, decidi que era hora de mudar um pouco de hábito.
Primeiro, virei um trilheiro árduo. As montanhas e florestas ao redor de Belo Horizonte ofereciam uma abundância de trilhas para explorar. Depois, avancei para trilhas de moto, sentindo a adrenalina de percorrer caminhos acidentados em alta velocidade.
Em seguida, me arrisquei no patins, deslizando pelas ruas da cidade com o vento no rosto. Fui parar na escalada indoor, desafiando minha força e resistência. Quase me tornei um marombeiro de academia, levantando pesos e trabalhando para melhorar minha forma física. E, dias atrás, fui esquiar pela primeira vez, embora tenha acabado só fazendo snowboarding.
Se você acha que eu sempre acordo feliz e decidido a fazer essas coisas (loucuras, de acordo com a minha mãe), você está enganado. Na maioria das vezes, eu levanto da cama arrependido de ter pago pelo passeio, de ter combinado com alguém, ou simplesmente arrependido de viver e ter que ir.
Mas, apesar desses sentimentos iniciais de arrependimento, eu posso garantir, jurando por quem você quiser, que nunca me arrependi de ter ido para algum desses rolês que me levam para o “distante”, mesmo aqueles que só me renderam perrengues. A parte difícil, pra mim, é sempre ir.
Fazer coisas diferentes te tira da sua zona de conforto, da sua bolha, e te ajuda a recalibrar suas energias para lidar com o cotidiano maçante. Pelo menos, funciona comigo e boa parte da galera com quem converso sobre este tipo de assunto. Foi assim que, por muitas vezes, evitei de surtar ou simplesmente consegui organizar melhor minhas ideias para tomar alguma decisão.
Dê um break, vá para o mato ou simplesmente vá à cidade vizinha. Ninguém precisa gostar das mesmas coisas que eu gosto. Saia por um momento do seu contexto. Respire e depois volte ao seu mundo real.
Talvez você, neste processo, consiga encontrar as forças que busca. Talvez você descubra um novo hobby, ou talvez apenas aprecie a mudança de cenário. Mas, independentemente do resultado, acredito que vale a pena tentar algo novo. Afinal, a vida é uma aventura, e cada nova experiência é uma chance de aprender e crescer.
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