Liderar bem implica saber o tipo correto de liderança para cada contexto

Recursos Humanos

Liderar bem implica saber o tipo correto de liderança para cada contexto

Paulo Pereira
Escrito por Paulo Pereira em 07/12/2024
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A liderança vai muito além de delegar tarefas ou gerenciar processos.

Na prática, o papel do líder é como, em uma analogia simplória, o coração de uma organização, influenciando diretamente o comportamento, a motivação e os resultados. 

Isso quer dizer que, embora também faça parte de suas atribuições, não se trata apenas de fazer com que metas sejam atingidas, mas de criar um ambiente onde as pessoas sintam que têm apoio para crescer e performar melhor. 

Neste artigo, me proponho a falar um pouco sobre os diferentes tipos de liderança e da necessidade de adaptar-se a cada um deles considerando o contexto da área e do momento, porque a verdade é que não existe, necessariamente, um estilo correto para todas as situações. Não é algo tão “preto no branco’.

Tipos de liderança

Um líder que envolve o time nas decisões, ouve de forma ativa e se preocupa genuinamente com as pessoas… 

A este perfil damos o nome de liderança democrática, que é o que tem sido associado a níveis altíssimos de satisfação e comprometimento. 

A liderança democrática se destaca por buscar equilíbrio entre as metas a serem alcançadas e as necessidades da equipe, valorizando a comunicação aberta, promovendo o diálogo e incentivando a participação de todos na busca por soluções e na apresentação de ideias. 

Do outro lado, estilos mais rígidos, podem até entregar resultados no curto prazo, mas deixam uma sensação de tensão e desmotivação no ar. Aqui, podemos citar o perfil de liderança autocrática.

O líder autocrático geralmente adota uma postura autoritária, tomando decisões de forma unilateral e sem levar em conta as opiniões de sua equipe.

Seu foco está em impor suas escolhas, esperando que sejam seguidas sem questionamentos, geralmente atrelando isso a necessidade de obtenção de resultados traçados.

Ainda podemos citar um outro tipo de perfil que, igualmente a este último, pode ser um ofensor em um contexto de desenvolvimento e conquistas a longo prazo: a liderança liberal.

Este perfil se caracteriza por um líder que adota uma postura mais passiva, deixando as decisões quase inteiramente nas mãos da equipe e intervindo apenas quando solicitado. 

Uma abordagem como esta, embora pareça oferecer liberdade, muitas vezes carece de firmeza e direção, o que pode comprometer a qualidade e a eficiência das entregas. 

Como resultado, é comum que os colaboradores apresentem comportamentos individualistas, sinais de insatisfação e, em alguns casos, até agressividade.

Liderança adaptativa

Não existe uma fórmula única para a liderança eficaz, pois o sucesso de um líder depende, principalmente, de sua habilidade em compreender o contexto e as necessidades específicas da equipe.

Em ambientes criativos, por exemplo, um estilo democrático pode ser mais apropriado, promovendo a troca de ideias e incentivando a inovação. 

Por outro lado, em momentos de crise, um líder autocrático, com foco em decisões rápidas e assertivas, pode ser essencial para superar desafios.

A chave está na capacidade de adaptação com propósito. 

Líderes que se comunicam de forma clara, definem objetivos alcançáveis e demonstram empatia pela equipe constroem um ambiente de confiança, fundamental para o desempenho coletivo. 

Essa flexibilidade não é apenas uma competência estratégica, mas um reflexo do compromisso com o equilíbrio entre metas organizacionais e o bem-estar dos colaboradores.

A liderança adaptativa também fortalece o engajamento e a resiliência da equipe, permitindo que os profissionais sintam-se valorizados e motivados a contribuir.

Isso cria um ciclo positivo, onde os resultados organizacionais são diretamente influenciados por uma cultura de respeito e colaboração.

Portanto, o verdadeiro impacto de um líder está na sua capacidade de transitar entre estilos conforme o cenário exige, sempre com foco no propósito maior: promover resultados sustentáveis enquanto mantém a equipe unida e comprometida.


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Materiais para estudo:


Paulo Pereira é Gerente de Operações de RH e tem mais de 12 anos de experiência em práticas de administração de pessoas e folha de pagamento, com expertise em relações trabalhistas, gerenciamento de riscos, processos, auditoria interna, compliance, terceirização de serviços, suporte à emissão de pareceres contábeis e due diligence adquiridos em projetos realizados em grandes empresas líderes de mercado. Também tem sólidas experiências nas áreas de Experiência do Colaborador, Remunerações e Benefícios, Recrutamento e Seleção, e Treinamento e Desenvolvimento.

Além da atividade remunerada, desenvolve o projeto Gentee (www.gentee.com.br), um blog de conteúdo de alta qualidade para profissionais de Departamento de Pessoal e Recursos Humanos.

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